O mundo dos negócios tem características peculiares. Há sempre alguém pronto a aproveitar uma oportunidade para ganhar dinheiro.
O excesso de burocracia é um câncer para a nossa economia. Na pesquisa desse ano do Banco Mundial sobre o tema, o país ocupou a vergonhosa posição de nº 129, atrás de nações bem menos desenvolvidas, como a Nicarágua. Já o México – país com PIB e condição de desenvolvimento semelhantes aos nossos – ficou na posição 51, superando o Brasil em todos os tópicos analisados.
O custo dessa burocracia não é só o que cada empresa paga de impostos e taxas. É tudo tão mal feito, mal planejado e sem lógica, que empresas grandes mantém departamentos de até 15 pessoas, exclusivamente para cuidar desse tema. É o famoso caso de se criar dificuldades, para por baixo dos panos, se vender facilidades.
Pronto! Este cenário é perfeito para uma nova oportunidade de negócios. Há 70 empresas no Brasil que tem como função exclusivamente arquivar documentos das empresas. Elas somam 1,2 bilhão de reais em faturamento. Atenção: eu falei bilhão!
Só em SP essas empresas armazenam 15 milhões de caixas, dos quais 90% nunca serão requisitados por ninguém.
Está aí uma prova definitiva de que no mundo dos negócios, aonde houver um limão, há sempre chance de se fazer uma limonada.
ps.: foto de uma ótima matéria de VEJA: http://veja.abril.com.br/noticia/economia/burocracia-excessiva-impoe-perdas-as-empresas-no-brasil
A vida inspira o mundo dos negócios a criar ações e estratégias que impactam cada vez mais o cotidiano das pessoas e o futuro das marcas. Isso exige reflexão e debate.
domingo, 6 de maio de 2012
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Josephine, um caso de BRANDING.
Na Vejinha me deparei com uma matéria cujo título era “Quem ficará com Josephine?”. De cara pensei que fosse mais uma pentelha, com a tal da Luiza que estudava no Canadá. Não era.
Tratava-se de uma questão interessante. O proprietário de um restaurante em Moema de nome Josephine está muito bravo com outra pessoa,
que abriu uma balada no Itaim usando o nome ... Josephine.
E isso rendeu uma ação judicial.
Segundo a matéria, o dono da Josephine restaurante enlouqueceu porque o veridito da justiça definiu que a balada não prejudica o restaurante.
Não precisa se dizer que o criador original do nome enlouqueceu.
Mas do meu ponto de vista, ele está equivocado.
Primeiro porque uma marca se registra.
Se vc quiser que sua marca não seja copiada por ninguém na sua categoria de mercado,
vc paga por isso. Porém se for para todas as categorias de mercado, paga muito mais.
O dono do restaurante não pagou.
Mas queria levar a exclusividade a partir de conceitos de branding.
Raciocina ele que seu negócio poderia ser prejudicado se por exemplo acontecesse algo de grave na Josephine da balada.
Pensar assim é um erro de branding. O mesmo nome, escrito de forma diferente, cor e símbolos diferentes e numa outra categoria, cada um com sua essência, valores e visão formam uma MARCA única e exclusiva, com resultados não comparáveis.
E é isso que faz a diferença. Nessa ... o juiz marcou um gol!
ps.: Exibidas nesse texto as duas marcas. Analise como são implicitamente diferentes e remetem a valores completamente distintas.
Tratava-se de uma questão interessante. O proprietário de um restaurante em Moema de nome Josephine está muito bravo com outra pessoa,
que abriu uma balada no Itaim usando o nome ... Josephine.
E isso rendeu uma ação judicial.
Segundo a matéria, o dono da Josephine restaurante enlouqueceu porque o veridito da justiça definiu que a balada não prejudica o restaurante.
Não precisa se dizer que o criador original do nome enlouqueceu.
Mas do meu ponto de vista, ele está equivocado.
Primeiro porque uma marca se registra.
Se vc quiser que sua marca não seja copiada por ninguém na sua categoria de mercado,
vc paga por isso. Porém se for para todas as categorias de mercado, paga muito mais.
O dono do restaurante não pagou.
Mas queria levar a exclusividade a partir de conceitos de branding.
Raciocina ele que seu negócio poderia ser prejudicado se por exemplo acontecesse algo de grave na Josephine da balada.
Pensar assim é um erro de branding. O mesmo nome, escrito de forma diferente, cor e símbolos diferentes e numa outra categoria, cada um com sua essência, valores e visão formam uma MARCA única e exclusiva, com resultados não comparáveis.
E é isso que faz a diferença. Nessa ... o juiz marcou um gol!
ps.: Exibidas nesse texto as duas marcas. Analise como são implicitamente diferentes e remetem a valores completamente distintas.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
A indústria é vital para o Brasil?
É impossível não tratar do pacote de ajuda à Indústria divulgado pelo Governo ontem, 3 de abril. Com pompa, nossos economistas no poder divulgam que a ajuda a esse setor será de 60 bilhões de reais.
E o pior é que os favorecidos por essa bilionária ajuda não ficaram muito satisfeitos. O que é dramático. Esses 60 bilhões saem do bolso de todos nós. E será dirigido a beneficiar setores determinados, escolhidos por 2 ou 3 dúzias de iluminados do Governo.
A primeira questão que deveríamos discutir deveria ser sobre a indústria propriamente dita. De acordo com dados das Nações Unidas, em artigo do jornal O Globo, a queda da participação do setor de manufaturas no PIB é um fenômeno global. Assim, de 1970 a 2010 esta queda foi de de 27% para 16% no mundo inteiro. No Brasil de 24,5% para 13,5%, nos EUA de 22% para 13% e até na Alemanha, paradigma da indústria global, caiu de de 31,5% para 18,7%.
Não seria o caso da sociedade brasileira debater por que esse setor tem a importância que está sendo dada pelo Governo? No passado ... e bota passado nisso, pós revolução industrial, a Agricultura entrou em desgraça e seus empresários choraram lágrimas de crocodilo, mas a vida seguiu e se desenhou com outros formatos. A Indústria era vital como forma de absorver a mão de obra. Agora as lágrimas rolam nos olhos dos industriais. Mas será que ela será tão vital assim? Será que o Brasil potência não teria um futuro mais dinâmico, moderno e justo se o Governo focasse em melhorar as condições gerais da economia, dando ainda mais força para a Agricultura e para os Serviços? Não é a área de Serviços que efetivamente tem a melhor performance de empregos no país?
Será que nossos economistas de plantão e todos aqueles que falam sobre o assunto na nossa mídia não conseguem sair da pauta definida pelo Governo?
ps.: recomendo a leitura do artigo "Desindustrialização ou lobby", publicado em O Globo, de autoria do João Luiz Mauad, administrador de empresas formado pela FGV-RJ e consultor de empresas. http://www.ordemlivre.org/2012/03/desindustrializacao-ou-lobby/
E o pior é que os favorecidos por essa bilionária ajuda não ficaram muito satisfeitos. O que é dramático. Esses 60 bilhões saem do bolso de todos nós. E será dirigido a beneficiar setores determinados, escolhidos por 2 ou 3 dúzias de iluminados do Governo.
A primeira questão que deveríamos discutir deveria ser sobre a indústria propriamente dita. De acordo com dados das Nações Unidas, em artigo do jornal O Globo, a queda da participação do setor de manufaturas no PIB é um fenômeno global. Assim, de 1970 a 2010 esta queda foi de de 27% para 16% no mundo inteiro. No Brasil de 24,5% para 13,5%, nos EUA de 22% para 13% e até na Alemanha, paradigma da indústria global, caiu de de 31,5% para 18,7%.
Não seria o caso da sociedade brasileira debater por que esse setor tem a importância que está sendo dada pelo Governo? No passado ... e bota passado nisso, pós revolução industrial, a Agricultura entrou em desgraça e seus empresários choraram lágrimas de crocodilo, mas a vida seguiu e se desenhou com outros formatos. A Indústria era vital como forma de absorver a mão de obra. Agora as lágrimas rolam nos olhos dos industriais. Mas será que ela será tão vital assim? Será que o Brasil potência não teria um futuro mais dinâmico, moderno e justo se o Governo focasse em melhorar as condições gerais da economia, dando ainda mais força para a Agricultura e para os Serviços? Não é a área de Serviços que efetivamente tem a melhor performance de empregos no país?
Será que nossos economistas de plantão e todos aqueles que falam sobre o assunto na nossa mídia não conseguem sair da pauta definida pelo Governo?
ps.: recomendo a leitura do artigo "Desindustrialização ou lobby", publicado em O Globo, de autoria do João Luiz Mauad, administrador de empresas formado pela FGV-RJ e consultor de empresas. http://www.ordemlivre.org/2012/03/desindustrializacao-ou-lobby/
quinta-feira, 29 de março de 2012
Torcidas uniformizadas: um péssimo negócio para o branding dos clubes de futebol.
O tema do Marketear de hoje é ruim. Quero falar dessa tristeza que são as torcidas uniformizadas.
Se essas pessoas fossem de fato torcedoras de futebol e se amassem seus times, jamais fariam o que fazem.
A cada crise gerada pelo comportamento pré-histórico desses elementos, seus queridos clubes perdem milhões de reais no caixa. E como não pode haver dúvida, nem para o mais desinformado dos torcedores, o futebol é uma paixão, mas que não consegue nada se não tiver amparada por dinheiro e uma competente administração.
A receita de um clube de futebol se divide em 3 grandes blocos. São eles o match day ou dia do jogo, os direitos negociados com as tvs e a venda de produtos.
Guerras entre torcidas com morte de pessoas geram crises de imagem na Marca dos clubes e isso afeta o faturamento alcançado, seja na menor presença no estádio e seja com a queda de venda de produtos.
Cansei de ler nas redes sociais, torcedores do bem, que representam 99% das pessoas que amam Palmeiras e Corinthians, dizendo que não vão ter coragem de colocar suas camisas oficiais e saírem pela rua.
Portanto, também do ponto de vista dos negócios, essas uniformizadas precisam ser banidas da sociedade. É caso de polícia, não de futebol.
Se fosse por paixão aos clubes, essas minorias deveriam dirigir sua fúria contra aqueles que mal administram esses clubes. Diante de qualquer malfeito com o dinheiro que deveria estar proporcionando investimentos em craques, deveriam usar sua força, não física mas política, para fazerem faxinas nas organizações.
Se nunca lutaram contra tantos fichas sujas que passaram pelas administração dos seus times, certamente é porque têm seus rabos presos com a corrupção.
Se essas pessoas fossem de fato torcedoras de futebol e se amassem seus times, jamais fariam o que fazem.
A cada crise gerada pelo comportamento pré-histórico desses elementos, seus queridos clubes perdem milhões de reais no caixa. E como não pode haver dúvida, nem para o mais desinformado dos torcedores, o futebol é uma paixão, mas que não consegue nada se não tiver amparada por dinheiro e uma competente administração.
A receita de um clube de futebol se divide em 3 grandes blocos. São eles o match day ou dia do jogo, os direitos negociados com as tvs e a venda de produtos.
Guerras entre torcidas com morte de pessoas geram crises de imagem na Marca dos clubes e isso afeta o faturamento alcançado, seja na menor presença no estádio e seja com a queda de venda de produtos.
Cansei de ler nas redes sociais, torcedores do bem, que representam 99% das pessoas que amam Palmeiras e Corinthians, dizendo que não vão ter coragem de colocar suas camisas oficiais e saírem pela rua.
Portanto, também do ponto de vista dos negócios, essas uniformizadas precisam ser banidas da sociedade. É caso de polícia, não de futebol.
Se fosse por paixão aos clubes, essas minorias deveriam dirigir sua fúria contra aqueles que mal administram esses clubes. Diante de qualquer malfeito com o dinheiro que deveria estar proporcionando investimentos em craques, deveriam usar sua força, não física mas política, para fazerem faxinas nas organizações.
Se nunca lutaram contra tantos fichas sujas que passaram pelas administração dos seus times, certamente é porque têm seus rabos presos com a corrupção.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Carnaval no Rio. O melhor. Mas falta muito.
Eu estava entre aqueles que achava que o Brizola pós os anos de exílio era um homem decadente e antiquado. Meu único ponto de admiração por suas idéias, era quando dizia que a educação era um caminho obrigatório e revolucionário para o Brasil. Mesmo assim, discordava de sua prática. Ele optou por fazer prédios e pra mim o problema maior e mais importante está no lado do recurso humano, o professor.
Lembro-me quando ele começou a falar em construir o Sambódromo no Rio, em 1983. Parecia um absurdo. Como assim, construir um mastodonte, no meio da cidade, que terá uso apenas 2 dias por ano? A mídia defendia essa tese. Eu comprei por completo.
Estava totalmente errado. Com a capacidade de receber 72 mil pessoas, o Sambódromo da Marquês de Sapucai não só foi um sucesso, como foi clonado país afora.
É claro que um evento que vai trazer 850 mil turistas e que vai movimentar 630 milhões de dólares só no estado do Rio, merece uma catedral, um símbolo, uma Marca.
Essa performance econômica trará ganhos para os setores de hospedagem, gastronomia, bebidas, turismo, transportes, eventos culturais e também, democraticamente, vai encher as carteiras dos flanelinhas, massagistas, traficantes, vendedores de bijuterias e por aí vai.
A indústria do turismo tem a muito a crescer e se aprimorar no Brasil. O carnaval é um ótimo exemplo que temos as condições pra isso. Mas Pra melhorar, será preciso muito mais planejamento, trabalho e criatividade das autoridades do governo e do setor.
O carnaval do Rio e da Bahia são dois bons exemplos de profissionalismo no setor. Mas ainda falta muito. Especialmente do ponto de vista de BRANDING. Falta conceito. São love brands por definição, mas por não trabalharem o conceito de Marca, deixam de perpetuar e transcender no sucesso.
Você que me leu até aqui, pode estar imaginando que eu viajo na maionese com essa história de branding. Eu te pergunto: sabe quantos milhões de dólares o Rio não deixou de vender de souvenir, apenas porque não tem uma Marca? Agora multiplique esse valor não faturado por pelo menos os últimos 20 anos.
ps.: Googlei "Marca Carnaval do Rio" em imagens. Nada aparece. Ou melhor: apareceu DEVASSA e BRAHMA pra caramba. Quem ganha com isso é a Globo. O Branding do Carnaval do Rio é quase que totalmente capitalizado a seu favor.
Lembro-me quando ele começou a falar em construir o Sambódromo no Rio, em 1983. Parecia um absurdo. Como assim, construir um mastodonte, no meio da cidade, que terá uso apenas 2 dias por ano? A mídia defendia essa tese. Eu comprei por completo.
Estava totalmente errado. Com a capacidade de receber 72 mil pessoas, o Sambódromo da Marquês de Sapucai não só foi um sucesso, como foi clonado país afora.
É claro que um evento que vai trazer 850 mil turistas e que vai movimentar 630 milhões de dólares só no estado do Rio, merece uma catedral, um símbolo, uma Marca.
Essa performance econômica trará ganhos para os setores de hospedagem, gastronomia, bebidas, turismo, transportes, eventos culturais e também, democraticamente, vai encher as carteiras dos flanelinhas, massagistas, traficantes, vendedores de bijuterias e por aí vai.
A indústria do turismo tem a muito a crescer e se aprimorar no Brasil. O carnaval é um ótimo exemplo que temos as condições pra isso. Mas Pra melhorar, será preciso muito mais planejamento, trabalho e criatividade das autoridades do governo e do setor.
O carnaval do Rio e da Bahia são dois bons exemplos de profissionalismo no setor. Mas ainda falta muito. Especialmente do ponto de vista de BRANDING. Falta conceito. São love brands por definição, mas por não trabalharem o conceito de Marca, deixam de perpetuar e transcender no sucesso.
Você que me leu até aqui, pode estar imaginando que eu viajo na maionese com essa história de branding. Eu te pergunto: sabe quantos milhões de dólares o Rio não deixou de vender de souvenir, apenas porque não tem uma Marca? Agora multiplique esse valor não faturado por pelo menos os últimos 20 anos.
ps.: Googlei "Marca Carnaval do Rio" em imagens. Nada aparece. Ou melhor: apareceu DEVASSA e BRAHMA pra caramba. Quem ganha com isso é a Globo. O Branding do Carnaval do Rio é quase que totalmente capitalizado a seu favor.
domingo, 12 de fevereiro de 2012
São Paulo, mega cidade do mundo. Não pode ter o branding que tem.
O tema São Paulo tratado com dois enfoques.
Uma visão da cidade. E os impactos disso do mercado imobiliário da cidade. Ouça no soundcloud o Marketear por LG na Rádio Bandeirantes, boletim de 2 minutos no Bandeirantes Gente.
Aproveitando, segue um post sobre o novo Branding da cidade de São Paulo, de autoria da Consultora da BRANDIA CENTRAL no Brasil, Fernanda Grottera.
PLACEBRANDING DE SÃO PAULO NÃO PODE SER AMADOR!
===========================================================
De cara, quando vi pela primeira vez, o logo me pareceu infantil demais, festeiro demais (cores e tipologia) e a marca, o conceito por detrás do logo não resolvido. Não vi um estudo de conceito. E recebi a idéia de criar algo além do cinza dos prédios muito legal mas, senti que pecou por nenhuma tradução da seriedade e profissionalismo que São Paulo tıem em seu DNA. Senti falta da consistência do concreto e da rica arquitetura da cidade.
Quando vi o evento de lançamento da marca, me senti na entrada de um buffet infantil, não na apresentação da marca de uma cidade com as dimensões de São Paulo. É a principal cidade do Brasil, é o firmamento - mesmo para fins de eventos e turismo, precisamos levar em consideração, a importância e seriedade que a economia de SP representa.
Analisando os detalhes técnicos do logo em si, encontro dificuldade de produção e aplicações, no PB esse logo não funciona (numa escala de cinza funciona), o 'P' não dá para enxergar direito, a falta de hierarquia entre texto e símbolo - dando a impressão de bagunça, o desenho do logo é bem anos 80 - o que pode ter seu charme. Mas, não representa futuro, contemporaneidade que acho fundamental.
As cores de São Paulo são preto - representando o negro, o branco - representando o europeu e o vermelho - representando os índios nativos. Ao todo me parece que faltou um trabalho mais explícito em conceito, ajustes finos e execução e a apresentação em geral da nova marca do foi bacana, impressionante, colorida, uma festa como nós brasileiros gostamos e sabemos fazer!
Logo pensei na marca de Melboure - Australia. Essa marca foi pensada e desenhada pela Landor. E, UAU!!
Morei em Melbourne por um tempo e, sempre achei a cidade bem compáravel à São Paulo. O australiano com o brasileiro. O clima! A praia deliciosa e afastada! A cidade e seus suburbios!
Comparando estes dois logos, sinto que se sobressai o quanto aqui no Brasil nós, designers + clientes ainda temos um grande caminho pela frente na arte de bem pesquisar, bem conceituar, bem simplificar, bem resolver, bem finalizar, bem profissionalizar processo, enfim, demonstrar eficiencia e modernidade unido a essa festa que sabemos e gostamos bem de fazer.
Uma visão da cidade. E os impactos disso do mercado imobiliário da cidade. Ouça no soundcloud o Marketear por LG na Rádio Bandeirantes, boletim de 2 minutos no Bandeirantes Gente.
Aproveitando, segue um post sobre o novo Branding da cidade de São Paulo, de autoria da Consultora da BRANDIA CENTRAL no Brasil, Fernanda Grottera.
PLACEBRANDING DE SÃO PAULO NÃO PODE SER AMADOR!
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De cara, quando vi pela primeira vez, o logo me pareceu infantil demais, festeiro demais (cores e tipologia) e a marca, o conceito por detrás do logo não resolvido. Não vi um estudo de conceito. E recebi a idéia de criar algo além do cinza dos prédios muito legal mas, senti que pecou por nenhuma tradução da seriedade e profissionalismo que São Paulo tıem em seu DNA. Senti falta da consistência do concreto e da rica arquitetura da cidade.
Quando vi o evento de lançamento da marca, me senti na entrada de um buffet infantil, não na apresentação da marca de uma cidade com as dimensões de São Paulo. É a principal cidade do Brasil, é o firmamento - mesmo para fins de eventos e turismo, precisamos levar em consideração, a importância e seriedade que a economia de SP representa.
Analisando os detalhes técnicos do logo em si, encontro dificuldade de produção e aplicações, no PB esse logo não funciona (numa escala de cinza funciona), o 'P' não dá para enxergar direito, a falta de hierarquia entre texto e símbolo - dando a impressão de bagunça, o desenho do logo é bem anos 80 - o que pode ter seu charme. Mas, não representa futuro, contemporaneidade que acho fundamental.
As cores de São Paulo são preto - representando o negro, o branco - representando o europeu e o vermelho - representando os índios nativos. Ao todo me parece que faltou um trabalho mais explícito em conceito, ajustes finos e execução e a apresentação em geral da nova marca do foi bacana, impressionante, colorida, uma festa como nós brasileiros gostamos e sabemos fazer!
Logo pensei na marca de Melboure - Australia. Essa marca foi pensada e desenhada pela Landor. E, UAU!!
Morei em Melbourne por um tempo e, sempre achei a cidade bem compáravel à São Paulo. O australiano com o brasileiro. O clima! A praia deliciosa e afastada! A cidade e seus suburbios!
Comparando estes dois logos, sinto que se sobressai o quanto aqui no Brasil nós, designers + clientes ainda temos um grande caminho pela frente na arte de bem pesquisar, bem conceituar, bem simplificar, bem resolver, bem finalizar, bem profissionalizar processo, enfim, demonstrar eficiencia e modernidade unido a essa festa que sabemos e gostamos bem de fazer.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Cartões de Presente: opção para Marcas
Pouco a pouco vai chegando ao Brasil a moda dos cartões de presente (Gifts Cards), que são cartões de débito com valor determinado pelo comprador, dando ao presenteado a oportunidade de comprar aquilo que lhe interessa nos estabelecimentos conveniado.
Esses cartões, também chamados de pré-pagos, podem fazer parte das bandeiras tradicionais, como Visa ou Mastercard, ou estarem associados a supermercados, lojas, conveniência ou farmácias.
Esse negócio global gira 600 bilhões de dólares/ano e são utilizados como importante ferramenta de marketing, por marcas como GAP, Nike, Disney e Apple.
No Brasil fatura-se só US$ 2 bilhões e a experiência ainda é limitada, pois na nossa cultura há preconceito de mostrar ao presenteado o valor do presente. Mas isso será superado pela praticidade e conveniência do cartão presente.
Já temos o grupo Pão de Açúcar oferecendo, Carrefour e Fnac começam até julho. Mas há estudos do Boticário, Kopenhagen, Starbucks e Microsoft.
O sucesso parece garantido. Segundo estudo da Boston Consulting Group os esses cartões pré pagos vão multiplicar por 9 o faturamento até o ano de 2017, chegando a 18 bilhões de dólares.
Como quase tudo que passa pelo comércio no mundo moderno, o branding de quem assina o gift card é decisivo para o sucesso. É relevante para quem compra e para quem recebe. E prova que a Marca é absoluta para se estabelecer novas formas de negócio.
É um novo serviço ao consumidor com um grande diferencial e uma ótima opção para o varejo, pois esses cartões podem ser os produtos mais rentáveis por centímetro quadrado ocupado na loja.
Esses cartões, também chamados de pré-pagos, podem fazer parte das bandeiras tradicionais, como Visa ou Mastercard, ou estarem associados a supermercados, lojas, conveniência ou farmácias.
Esse negócio global gira 600 bilhões de dólares/ano e são utilizados como importante ferramenta de marketing, por marcas como GAP, Nike, Disney e Apple.
No Brasil fatura-se só US$ 2 bilhões e a experiência ainda é limitada, pois na nossa cultura há preconceito de mostrar ao presenteado o valor do presente. Mas isso será superado pela praticidade e conveniência do cartão presente.
Já temos o grupo Pão de Açúcar oferecendo, Carrefour e Fnac começam até julho. Mas há estudos do Boticário, Kopenhagen, Starbucks e Microsoft.
O sucesso parece garantido. Segundo estudo da Boston Consulting Group os esses cartões pré pagos vão multiplicar por 9 o faturamento até o ano de 2017, chegando a 18 bilhões de dólares.
Como quase tudo que passa pelo comércio no mundo moderno, o branding de quem assina o gift card é decisivo para o sucesso. É relevante para quem compra e para quem recebe. E prova que a Marca é absoluta para se estabelecer novas formas de negócio.
É um novo serviço ao consumidor com um grande diferencial e uma ótima opção para o varejo, pois esses cartões podem ser os produtos mais rentáveis por centímetro quadrado ocupado na loja.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Coca Cola e a comunicação de Branding.
Esse é um case de grande criatividade.
Trata-se de uma idéia desenvolvida pela Coca-Cola dirigida para o mercado português.
Como todos sabem, Portugal está vivendo uma forte crise econômica. Um símbolo da situação é que as agências de rating financeiro, qualificaram os papéis da dívida externa do país na categoria LIXO. O astral e a autoestima da população não poderia ser pior.
Objetivando interferir nesse clima, a Coca criou uma idéia diferenciada da publicidade tradicional. Na véspera do maior clássico de Lisboa, Benfica X Sporting, deixou uma carteira caída ao chão com €500, mais de mil reais, e um cobiçado ingresso para o jogo na porta da loja do Benfica. Um detalhe adicional: lá também estava alguns documentos do dono e entre eles uma carteira de associado do Sporting. Aí estava a pegadinha: valia a pena ser honesto com um torcedor do time adversário?
95% das pessoas tiveram o trabalho de procurar o proprietário para devolver. Tudo isso foi filmado e levado a exibição no estádio na abertura do jogo.
A reação das pessoas é sensacional. O clima que estabelece é de absoluta confiança na dignidade de um povo. E encerra afirmando: Há razões para se acreditar num mundo melhor
Não há nenhuma frase que fale de Coca Cola. Mas com certeza deve ter sido a publicidade mais eficiente da marca para aquele mercado. Isso é a comunicação de branding.
Veja o Filme
Trata-se de uma idéia desenvolvida pela Coca-Cola dirigida para o mercado português.
Como todos sabem, Portugal está vivendo uma forte crise econômica. Um símbolo da situação é que as agências de rating financeiro, qualificaram os papéis da dívida externa do país na categoria LIXO. O astral e a autoestima da população não poderia ser pior.
Objetivando interferir nesse clima, a Coca criou uma idéia diferenciada da publicidade tradicional. Na véspera do maior clássico de Lisboa, Benfica X Sporting, deixou uma carteira caída ao chão com €500, mais de mil reais, e um cobiçado ingresso para o jogo na porta da loja do Benfica. Um detalhe adicional: lá também estava alguns documentos do dono e entre eles uma carteira de associado do Sporting. Aí estava a pegadinha: valia a pena ser honesto com um torcedor do time adversário?
95% das pessoas tiveram o trabalho de procurar o proprietário para devolver. Tudo isso foi filmado e levado a exibição no estádio na abertura do jogo.
A reação das pessoas é sensacional. O clima que estabelece é de absoluta confiança na dignidade de um povo. E encerra afirmando: Há razões para se acreditar num mundo melhor
Não há nenhuma frase que fale de Coca Cola. Mas com certeza deve ter sido a publicidade mais eficiente da marca para aquele mercado. Isso é a comunicação de branding.
Veja o Filme
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
O turismo no Brasil e o Branding.
Há décadas ouço falar que o Brasil é o país do TURISMO.
Se nevasse por aqui a ponto de se praticar esportes de inverno teríamos uma oferta de atrações turísticas quase que imbatível entre as opções do mundo, afinal estamos entre os melhores nas ofertas de verão e as opções ligadas a natureza..
Temos um povo com uma capacidade de recepção calorosa e uma nata capacidade para a prestação de serviço. Povo inteligente, só precisa de educação e treinamento. Apostar no turismo sempre foi um caminho certo.
Nossos governos há muito vêm colocando dinheiro nisso, mas ... daquele jeito. Com uma enorme ineficiência e com atenção mais centrada nos interesses dos políticos, do que da Nação.
Mas mesmo assim, as coisas estão acontecendo. De cada 9 brasileiros economicamente ativos, 1 atua em atividade ligada ao turismo.
Temos 9 milhões de desembarques internacionais por ano, com turistas que gastam 6 bilhões de dólares por ano.
Em 2 anos chegaremos a casa dos 100 milhões de viagens entre nossos estados. A previsão da indústria do turismo é que se abra 500 mil vagas de emprego até 2014 e, é claro, não há mão de obra qualificada para atender.
Esse será o mérito da copa do mundo e as olimpíadas. São dois eventos que vão dar um um sentido de urgência nesse mercado. Bem ou mal muitas melhorias vão ser feitas.
E o mercado de turismo será uma das principais fontes de renda. Do país. E de dezenas de milhões de brasileiros.
Logo depois disso, será a hora de arrumar a casa. Primeiro que vários locais de recepção do país terão que desenvolver estratégias de PLACE BRANDING, que é a adaptação das técnicas do BRANDING para serem implementadas para regiões geográficas que pretendem se reposicionar. Quem quiser mais informações teóricas sobre o assunto, leia em Brandia Central http://www.brandiacentral.com/placebranding/
O Brasil já vem fazendo sua lição de casa. Veja o post “A marca Brasil” nesse mesmo blog. Isso é apenas o começo. Os segmentos de turismo nos estados brasileiros serão grandes compradores de serviços de Branding nessa década.
Se nevasse por aqui a ponto de se praticar esportes de inverno teríamos uma oferta de atrações turísticas quase que imbatível entre as opções do mundo, afinal estamos entre os melhores nas ofertas de verão e as opções ligadas a natureza..
Temos um povo com uma capacidade de recepção calorosa e uma nata capacidade para a prestação de serviço. Povo inteligente, só precisa de educação e treinamento. Apostar no turismo sempre foi um caminho certo.
Nossos governos há muito vêm colocando dinheiro nisso, mas ... daquele jeito. Com uma enorme ineficiência e com atenção mais centrada nos interesses dos políticos, do que da Nação.
Mas mesmo assim, as coisas estão acontecendo. De cada 9 brasileiros economicamente ativos, 1 atua em atividade ligada ao turismo.
Temos 9 milhões de desembarques internacionais por ano, com turistas que gastam 6 bilhões de dólares por ano.
Em 2 anos chegaremos a casa dos 100 milhões de viagens entre nossos estados. A previsão da indústria do turismo é que se abra 500 mil vagas de emprego até 2014 e, é claro, não há mão de obra qualificada para atender.
Esse será o mérito da copa do mundo e as olimpíadas. São dois eventos que vão dar um um sentido de urgência nesse mercado. Bem ou mal muitas melhorias vão ser feitas.
E o mercado de turismo será uma das principais fontes de renda. Do país. E de dezenas de milhões de brasileiros.
Logo depois disso, será a hora de arrumar a casa. Primeiro que vários locais de recepção do país terão que desenvolver estratégias de PLACE BRANDING, que é a adaptação das técnicas do BRANDING para serem implementadas para regiões geográficas que pretendem se reposicionar. Quem quiser mais informações teóricas sobre o assunto, leia em Brandia Central http://www.brandiacentral.com/placebranding/
O Brasil já vem fazendo sua lição de casa. Veja o post “A marca Brasil” nesse mesmo blog. Isso é apenas o começo. Os segmentos de turismo nos estados brasileiros serão grandes compradores de serviços de Branding nessa década.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
100 anos depois do Titanic
A tragédia do navio Costa Concordia parece um filme-catástrofe.
As imagens geradas pelo afundamento são muito impactantes. Ver um navio daquele tamanho tombado na água, num lugar raso e próximo do continente, geraram fotos e divulgação, que só perdem em impacto ao ataque às torres gêmeas em Nova Iorque.
Parece inacreditável que um equipamento do valor de um navio, com tanta tecnologia instalada, possa ser tão frágil como meu pequeno veleiro individual.
A reação do Comandante medroso que não queria voltar ao navio e a lembrança que o Costa Concordia foi a embarcação da comemoração de centenário do Corinthians, deu ainda uns pitacos de comédia ao cenário.
Olhando do ponto de vista dos negócios, essa crise vai gerar um enorme prejuízo para o setor. O segmento do turismo dos cruzeiros marítimos vinha num crescimento muito grande no mundo inteiro, dobrando de tamanho entre 2 mil e 2010, chegando a 24 bilhões de dólares e 16 milhões de passageiros.
Aqui no Brasil o crescimento também tem sido significativo. Só nessa temporada foram 890 mil viajantes, um número 20% maior que o ano passado.
O segmento de mercado terá um sério problema de imagem e terá que refazer seu branding no mercado. A questão SEGURANÇA passará a ser uma prioridade, coisa que estava fora das preocupações de quem comprava um cruzeiro marítimo.
Afinal, a única referência ao tema é o afundamento do Titanic.
Mas isso foi em 1912. Exatamente um século atrás. Nem parece mais fato da realidade.
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