sexta-feira, 18 de junho de 2010

E o Twitter colocou a Globo no corner...

A E.Life, empresa brasileira de inteligência de mercado em redes sociais, fez um levantamento curioso. Entre os dias 01 e 15 de junho monitorou o buzz gerado no Twitter sobre a Copa do Mundo na África do Sul. A idéia, era mensurar o poder do "boca a boca” online. O resultado foi surpreendente.

Neste periodo, foram aproximadamente 69.445 tweets em português que atingiram potencialmente cerca de 98,7 milhões de usuários do microblog. O dobro da população da África do Sul. Os retuítes encaminhados neste período somaram mais de 15.340, número que representa o fantástico engajamento dos usuários nesta grande feira virtual de informações.

A combinação Copa do Mundo e Twitter esta sendo um sucesso. E tal empolgação gerou um fenômeno: o #calabocagalvao. A expressão mais falada em mesas de bares e em rodinhas entre amigos durante os jogos ganhou o mundo graças o poderoso Twitter, atingindo os Trending Topics mundiais da rede social. E permanece em destaque até hoje.

Tudo começou, na quinta-feira (10), e, depois de alcançar os Trending Topics mundiais, os usuários que não entendiam português perguntavam o que significava a expressão. Dai é claro que, que só de malandragem, as respostas mais non senses foram criadas. Inventaram, em inglês, que "Cala boca, Galvão" era o nome do novo clipe da Lady Gaga. Outros diziam que se tratava de uma campanha para salvar uma espécie rara de pássaros do Brasil, o Galvão. Esta última desculpa foi tão longe que até criaram o perfil "Galvão Institute" no Twitter e um vídeo sobre a tal campanha.



Achou que a brincadeira foi longe? Então saiba que isto foi tema de imprensa internacional, saindo nos jornais El Pais e NY Times. O jornal espanhol "El País" publicou uma matéria contando a verdadeira história sobre a frase. "Cala a boca, Galvão é uma grande brincadeira dos brasileiros do Twitter - o país é o segundo do mundo em número de usuários, atrás dos americanos. Galvão Bueno é um dos comentaristas esportivos mais conhecidos no país do futebol", amenizou o jornal.

Já, o NY times confirmou a inconveniência do narrador: “Seus pronunciamentos são tão chatos que eles [torcedores brasileiros] levaram a frase "Cala a Boca Galvão" à primeira posição do trending topics”, escreveu o jornalista Robert Mackey.

E a Globo, como ficou diante de tudo isso? Sem resposta, sem reação sem palavras. A maior rede de comunicação em audiência de todo país. O episódio prova a força da capacidade de comunicação das redes sociais. Mas também seus riscos e perigos. Como gerenciar essas crises? Como evitar esses dissabores? Como proteger o branding construído com tanto cuidado? Perguntas que terão que ser encaradas por todas empresas na novíssima economia da próxima década.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sacos plásticos: os vilões da vez.


Vivemos em uma sociedade maniqueísta. A todo momento elegemos o “Bem” e o “Mal” e é muito comum, para se conseguir uma adesão social, ao se instaurar um novo valor, “vilanizarmos” uma prática vigente, até à exaustão.

Um destes vilões da vez são as sacolinhas plásticas, sob o argumento de que são extremamente poluentes para o meio ambiente.

Antes de mais nada, vale dizer que se trata de um fato: No Brasil, são consumidas anualmente 12 bilhões de sacolas plásticas tradicionais, segundo levantamento da Associação Brasileira de Supermercados. O consumo por habitantes é de 66 sacolas por mês e um saco plástico comum pode demorar cerca de 100 anos para se decompor. E este excesso, precisa mesmo ser erradicado. É por este motivo que várias cidades do mundo já proibiram sua distribuição e uso para embalar compras. Entretanto, isto não representa a maior parte do problema.

Em um artigo publicado no jornal The Guardian de agosto de 2009, o jornalista Leo Hickman destaca um ponto interessante: "ou estamos perdendo tempo em procurar formas de proibir as sacolas plásticas, ou estamos nos distraindo com um problema ambiental relativamente menor. É como 'ordenar os assentos no meio do naufrágio do Titanic' “, diz.

Você pode se assustar, quando lê que este é um problema “menor”. É até possível que ache um absurdo. Mas antes, gostaria de apresentar alguns pontos importantes que divulguei em meu twitter esta semana.

@luisgrottera A questão do plástico e sua periculosidade pra vida é grave. Todos são contra poluição. Mas quem quer viver sem as vantagens do plástico?
@luisgrottera Plástico: isolamento térmico com 79% de eficiência, é o responsável pela captação da energia eólica, 11% dos carros são de plástico.
@luisgrottera Plástico: seu laptop muito mais pesado, num Airbus 380 o plástico reduz o peso em 1,5 ton, geladeiras economizam energia,etc, etc etc.
@luisgrottera Apesar de uso disseminado apenas 4% do petróleo extraído são destinados a produção de plástico. E traz muitas vantagens para as pessoas.
@luisgrottera Por outro lado, a degradação do plástico na natureza dura 400 anos. Últimos 50 anos a população mundial multiplicou por 20 uso do plástico.
@luisgrottera RT @paulofodra LG, são necessárias políticas claras p/ plástico. Fazer árvore de Natal de PET não resolve... \\ PERFEITO.
@luisgrottera RT @ramasix Problema não está no plástico, mas na educação do povo e na eficiência do Gov. em reciclar. \\ Concordo. Sociedade tem q exigir.
@luisgrottera E a mídia tem muita culpa nisso. Tô de saco cheio de ver matéria contra o saquinho plástico do supermercado. Isso só deseduca mais.

Participe desta discussão. Você é a favor ou contra a proibição do uso de saquinhos plásticos?