terça-feira, 25 de outubro de 2011

Vivo engole Telefonica.

Marketear foi um dos primeiros lugares onde se prognosticou que no futuro a Telefonica mudaria sua marca para Vivo. Agora está confirmado: ocorrerá no início do próximo ano.

Foi um raciocínio de lógica, quando foi noticiado que a espanhola Telefonica conseguiu a compra da maioria da operadora de celular Vivo, de propriedade da também poderosa Portugal Telecom.

A lógica era ter uma marca só.

A empresa explicou a escolha com uma razão coerente: a Vivo é uma marca conhecida nacionalmente. A Telefonica, regionalmente. Também é verdade ... mas, certamente, não é o principal motivo.

A marca Vivo é muito mais dinâmica, contemporânea e antenada que a marca Telefônica, que digeriu a Telesp e manteve sua prática de ser uma das campeãs em rankings de reclamações do consumidor.

A mudança de uma marca num business desse tamanho é uma oportunidade única. Permite a empresa se reinventar. Daí a importância de uma declaração do Diretor Geral da empresa.

Diz ele: "Nosso objetivo não é simplesmente fazer a mudança de marca. Queremos produzir uma mudança de experiência no relacionamento com o cliente."

Digo eu: perfeito. Uma aula de branding. Mas precisa funcionar na prática. Os bons propósitos precisam aparecer em todos os pontos de contato, com todos stakeholders. O consumidor não é mais bobo. É preciso muito mais que belas campanhas de publicidade...

domingo, 9 de outubro de 2011

#thankyouSteve

O Marketear está de luto.
A morte de Steve Jobs é um momento de pesar, tristeza e respeito.

Ele foi o empresário que mais mudou e influenciou a humanidade. Mesmo quem não o conhece ou não o admira, tiveram e terão suas vidas impactadas por obras criadas por esse gênio.

Steve Jobs é o inventor do maior case de branding do mundo. E sua forma de administrar a Apple vai fincar raízes nos modelos de administração de empresas nesse século XXI
Só me resta dizer: Thank You Steve.
Você foi uma das pessoas que mais fizeram para tornar meu cotidiano melhor e mais agradável.
Suas invenções tornaram minha vida mais eficaz e bela.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Shopping Center Norte e o gás metano.

A nova novela na cidade de São Paulo chama-se o gás metano. A dupla romântica é formada pelo Center Norte e a Prefeitura de São Paulo.

A relação da cidade de São Paulo com os shoppings centers é o caso de uma estrondosa paixão. O pioneiro foi o Iguatemi, inaugurado em 1966. Passados 44 anos, a capital conta com 51 shoppings. Tivemos a inauguração de mais de 1 por ano.

Os shoppings somados recebem diariamente quase 2 milhões de pessoas e isso gera um faturamento de 16 bilhões de reais por ano.

O Center Norte foi inaugurado em 1984 e teve o mérito de ter invadido uma região da cidade completamente desprovida de bons serviços. Esse ineditismo e mais a grandiosidade do projeto, com 3300 lojas e 7 mil vagas na garagem, garantiram um estrondoso sucesso.

É o shopping de maior volume de vendas por m2 entre todos empreendimentos da cidade e acumula algumas medalhas pitorescas, como por exemplo, ser a unidade do McDonalds que mais vende sorvetes em todo mundo.

O que vai acontecer se o Center Norte fechar? Para onde vai esse consumidor? Vai haver perdas significativas de mercado?

A resposta depende de uma variável: quanto tempo ele ficará fechado. Imaginando que toda essa crise se resolva em poucas semanas, dificilmente o Shopping terá perdas de mercado no médio e longo prazo, pois a região continua desprovida de boas alternativas. A liderança do Center Norte ainda é massacrante na sua área primária.

O maior problema são as perdas de curto prazo. E quem mais vai sofrer são os lojistas (que terão suas despesas mantidas) e uma boa parte dos vendedores (que ganham por comissionamento). Como sempre, vai sofrer mais o elo fraco da corrente.