terça-feira, 16 de agosto de 2011

A mídia impressa vai acabar?


Pelo menos desde a década de 80, em todos seminários e eventos em que tive a oportunidade de palestrar, havia uma pergunta padrão: quando vai acabar a mídia impressa? Quando as sujas páginas de jornais e as coloridas páginas de revistas deixariam de gerar atrativos para sua audiência?

Minha resposta padrão sempre foi a mesma. Maybe never. Talvez nunca. E para tanto, sempre usei o exemplo do veículo de comunicação mais duradouro e impactante de toda história humana, a Biblia. Alguém imagina ela se não em papel?

Vamos a um histórico. Primeiro a mídia impressa teve que enfrentar a televisão. Que arrebatou o coração das massas e dinheiro dos anunciantes. As mídias impressas perderam força, se segmentaram, adaptaram-se a nova realidade e seguiram em frente.

Depois foi a vez de enfrentar a internet. Novo ataque nuclear na vida da mídia impressa, especialmente dos jornais. E as empresas jornalísticas continuam vivinhas.

Mais recentemente se escancarou a concorrência com a tecnologia. Será que a chegada do iPad, do e-reader, dos tablets em geral seria o fim do mundo? Cansei de ler colunistas raivosos dizendo que iam acabar com os livros.

Para desmentir todos aqueles que só vem as coisas negativas, a FIPE acaba de divulgar um estudo sobre o mercado editorial no Brasil. Houve um crescimento de 13% em exemplares de livros vendidos em 2010. Crescimento chinês.

Em faturamento o crescimento foi acima de 8%, chegando ao número de R$ 4,5 bilhões de reais. Boa parte desse crescimento tem a ver com a queda de preço dos livros no mercado, que chegou a quase 5%. Ou seja, há uma demanda primária ainda a ser alcançada. O potencial do brasileiro na poderia ler muito mais do que lê. E uma parte da explicação não tem a ver com a TV, nem com a internet, nem com os tablets. Trata-se de um problema social e de distribuição de renda.

A leitura via papel não é uma mídia em extinção. Embora tenda a seguir seu caminho de maior segmentação e necessitará cada vez mais estar operando em sistemas multiplataforma.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Trends. Bom caminho pra se ganhar dinheiro.

A vida muda. E junto com ela, deve seguir a sociedade de consumo.
E é preciso estar atento a detalhes, início de tendências, movimentos ... informações de grande sutilidade. Não é a toa. Quem consegue codifica-las com sensibilidade, tem a chance de ganhar dinheiro, rápido e com menos competitividade.

Trata-se da forma mais barata de ganhar dinheiro hoje no mundo dos negócios. Pegue o exemplo do Nespresso. Com uma perfeita visão de tendências (alguém poderia duvidar que o mercado de café expresso implorava por uma solução mais massiva que as caríssimas e frágeis máquinas italianas?) e com um projeto de BRANDING de altíssima competência, deve ser um dos grandes cases dessa década.

É preciso muito estudo e atenção para ter a capacidade de se antecipar. Mas será cada vez mais necessário, porque se não, vai entrar no mundo da altíssima competitividade. O que significa maior risco, maior investimento e menores margens de lucro. E se não bastasse, normalmente, ganham os tubarões.

Vamos pegar um exemplo. O Estadão publicou um estudo muito interessante com base no último Censo do IBGE, que mostra que o número de brasileiros que moram sozinhos em suas casas triplicou em 20 anos. Já são 7 milhões de pessoas que moram só.

Os domicílios com apenas um morador representam 12% do total do Brasil. Mais importante ainda, superou o número de residências com 5 pessoas, pai, mãe e 3 filhos, poucas décadas atrás considerado um padrão do nosso país.

Imagine quantas oportunidades de consumo esse novo segmento não abre ao mercado. Novos produtos, novos tamanhos e proporções, novas necessidades. E não pense apenas de forma cartesiana. Estamos falando de seres humanos. E todos nós temos um pouco de louco. Não tenham dúvida: o aumento de pessoas que moram só tem a ver o aumento do consumo das lojas de petshop.

Por isso, fique ligado.
Essa é uma dica muito importante para se ganhar dinheiro nos negócios da segunda década do século XXI que vivemos.