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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
100 anos depois do Titanic
A tragédia do navio Costa Concordia parece um filme-catástrofe.
As imagens geradas pelo afundamento são muito impactantes. Ver um navio daquele tamanho tombado na água, num lugar raso e próximo do continente, geraram fotos e divulgação, que só perdem em impacto ao ataque às torres gêmeas em Nova Iorque.
Parece inacreditável que um equipamento do valor de um navio, com tanta tecnologia instalada, possa ser tão frágil como meu pequeno veleiro individual.
A reação do Comandante medroso que não queria voltar ao navio e a lembrança que o Costa Concordia foi a embarcação da comemoração de centenário do Corinthians, deu ainda uns pitacos de comédia ao cenário.
Olhando do ponto de vista dos negócios, essa crise vai gerar um enorme prejuízo para o setor. O segmento do turismo dos cruzeiros marítimos vinha num crescimento muito grande no mundo inteiro, dobrando de tamanho entre 2 mil e 2010, chegando a 24 bilhões de dólares e 16 milhões de passageiros.
Aqui no Brasil o crescimento também tem sido significativo. Só nessa temporada foram 890 mil viajantes, um número 20% maior que o ano passado.
O segmento de mercado terá um sério problema de imagem e terá que refazer seu branding no mercado. A questão SEGURANÇA passará a ser uma prioridade, coisa que estava fora das preocupações de quem comprava um cruzeiro marítimo.
Afinal, a única referência ao tema é o afundamento do Titanic.
Mas isso foi em 1912. Exatamente um século atrás. Nem parece mais fato da realidade.
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