sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Coca Cola e a comunicação de Branding.

Esse é um case de grande criatividade.

Trata-se de uma idéia desenvolvida pela Coca-Cola dirigida para o mercado português.

Como todos sabem, Portugal está vivendo uma forte crise econômica. Um símbolo da situação é que as agências de rating financeiro, qualificaram os papéis da dívida externa do país na categoria LIXO. O astral e a autoestima da população não poderia ser pior.

Objetivando interferir nesse clima, a Coca criou uma idéia diferenciada da publicidade tradicional. Na véspera do maior clássico de Lisboa, Benfica X Sporting, deixou uma carteira caída ao chão com €500, mais de mil reais, e um cobiçado ingresso para o jogo na porta da loja do Benfica. Um detalhe adicional: lá também estava alguns documentos do dono e entre eles uma carteira de associado do Sporting. Aí estava a pegadinha: valia a pena ser honesto com um torcedor do time adversário?

95% das pessoas tiveram o trabalho de procurar o proprietário para devolver. Tudo isso foi filmado e levado a exibição no estádio na abertura do jogo.

A reação das pessoas é sensacional. O clima que estabelece é de absoluta confiança na dignidade de um povo. E encerra afirmando: Há razões para se acreditar num mundo melhor

Não há nenhuma frase que fale de Coca Cola. Mas com certeza deve ter sido a publicidade mais eficiente da marca para aquele mercado. Isso é a comunicação de branding.

Veja o Filme



segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O turismo no Brasil e o Branding.

Há décadas ouço falar que o Brasil é o país do TURISMO.

Se nevasse por aqui a ponto de se praticar esportes de inverno teríamos uma oferta de atrações turísticas quase que imbatível entre as opções do mundo, afinal estamos entre os melhores nas ofertas de verão e as opções ligadas a natureza..

Temos um povo com uma capacidade de recepção calorosa e uma nata capacidade para a prestação de serviço. Povo inteligente, só precisa de educação e treinamento. Apostar no turismo sempre foi um caminho certo.

Nossos governos há muito vêm colocando dinheiro nisso, mas ... daquele jeito. Com uma enorme ineficiência e com atenção mais centrada nos interesses dos políticos, do que da Nação.

Mas mesmo assim, as coisas estão acontecendo. De cada 9 brasileiros economicamente ativos, 1 atua em atividade ligada ao turismo.
Temos 9 milhões de desembarques internacionais por ano, com turistas que gastam 6 bilhões de dólares por ano.

Em 2 anos chegaremos a casa dos 100 milhões de viagens entre nossos estados. A previsão da indústria do turismo é que se abra 500 mil vagas de emprego até 2014 e, é claro, não há mão de obra qualificada para atender.

Esse será o mérito da copa do mundo e as olimpíadas. São dois eventos que vão dar um um sentido de urgência nesse mercado. Bem ou mal muitas melhorias vão ser feitas.

E o mercado de turismo será uma das principais fontes de renda. Do país. E de dezenas de milhões de brasileiros.

Logo depois disso, será a hora de arrumar a casa. Primeiro que vários locais de recepção do país terão que desenvolver estratégias de PLACE BRANDING, que é a adaptação das técnicas do BRANDING para serem implementadas para regiões geográficas que pretendem se reposicionar. Quem quiser mais informações teóricas sobre o assunto, leia em Brandia Central http://www.brandiacentral.com/placebranding/

O Brasil já vem fazendo sua lição de casa. Veja o post “A marca Brasil” nesse mesmo blog. Isso é apenas o começo. Os segmentos de turismo nos estados brasileiros serão grandes compradores de serviços de Branding nessa década.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

100 anos depois do Titanic


A tragédia do navio Costa Concordia parece um filme-catástrofe.

As imagens geradas pelo afundamento são muito impactantes. Ver um navio daquele tamanho tombado na água, num lugar raso e próximo do continente, geraram fotos e divulgação, que só perdem em impacto ao ataque às torres gêmeas em Nova Iorque.

Parece inacreditável que um equipamento do valor de um navio, com tanta tecnologia instalada, possa ser tão frágil como meu pequeno veleiro individual.

A reação do Comandante medroso que não queria voltar ao navio e a lembrança que o Costa Concordia foi a embarcação da comemoração de centenário do Corinthians, deu ainda uns pitacos de comédia ao cenário.

Olhando do ponto de vista dos negócios, essa crise vai gerar um enorme prejuízo para o setor. O segmento do turismo dos cruzeiros marítimos vinha num crescimento muito grande no mundo inteiro, dobrando de tamanho entre 2 mil e 2010, chegando a 24 bilhões de dólares e 16 milhões de passageiros.

Aqui no Brasil o crescimento também tem sido significativo. Só nessa temporada foram 890 mil viajantes, um número 20% maior que o ano passado.

O segmento de mercado terá um sério problema de imagem e terá que refazer seu branding no mercado. A questão SEGURANÇA passará a ser uma prioridade, coisa que estava fora das preocupações de quem comprava um cruzeiro marítimo.

Afinal, a única referência ao tema é o afundamento do Titanic.
Mas isso foi em 1912. Exatamente um século atrás. Nem parece mais fato da realidade.