Na
década de 70 o marketing surgiu como uma atividade da área comercial das
empresas. O Gerente de Publicidade virou Gerente de Marketing. Na década de 80
chegou a independência e aí tínhamos um Diretor de Vendas e um Diretor de
Marketing. Na década de 90 começaram a surgir as hierarquias onde o
Vice-Presidente de Marketing incluía a área de Vendas. Uma reviravolta
completa, traduzindo a ideia que VENDER deixou de ser tirar pedido e distribuir
mercadorias e passou a ser um sofisticado processo de sedução ao consumidor,
criado por um conjunto de atividades de comunicação.
Esse
ciclo se esgotou ano início dos anos 2000. Especialmente na Europa e nos EUA, a
percepção de que o consumo pela sedução seria cada vez mais rejeitado pela
população, mais preocupada com hábitos sadios de preservação do planeta e da
troca de importância do TER para o SER, começa a ganhar relevância um outro
método de VENDER, que entende que a simples sedução de um criativo filme de
publicidade deve ser trocado por um relacionamento de franqueza, honestidade,
respeito e dedicação entre o Consumidor e a Marca. É a técnica do Branding que
nascia. O Brasil está pelo menos 10 anos atrasado nesse assunto. Aqui com o
modelo de negócios da mídia, associado com a força das agências de publicidade,
ainda se acredita que "a propaganda é a alma do negócio" (ditado não
existente em nenhum outro país do mundo).
A
decisão da P&G (Procter & Gamble, o maior anunciante do mundo) de
eliminar a velha estrutura de Marketing para dar início a uma estrutura
organizacional que se baseia no Branding, é a prova definitiva do caminho sem
volta do processo de mudança das atividades de comercialização das empresas.
E
isso é apenas o início. O processo só vai se encerrar quando, numa próxima
fase, as empresas adotarem o "BRANDING como modelo de gestão das
empresas". Traduzindo: o dia que o Presidente da empresa entender que seu
real papel dentro da organização não será o de ter ideias de o que fazer, mas
sim o de comandar toda sua estrutura (da produção a comercialização) para fazer
aquilo que a Marca ordena que seja feito para se alcançar o sucesso.
É
esse o meu trabalho na ROSENBERG. Tirar as empresas brasileiras do pensamento
antiquado e introduzi-las no Século XXI.
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