A nova novela na cidade de São Paulo chama-se o gás metano. A dupla romântica é formada pelo Center Norte e a Prefeitura de São Paulo.
A relação da cidade de São Paulo com os shoppings centers é o caso de uma estrondosa paixão. O pioneiro foi o Iguatemi, inaugurado em 1966. Passados 44 anos, a capital conta com 51 shoppings. Tivemos a inauguração de mais de 1 por ano.
Os shoppings somados recebem diariamente quase 2 milhões de pessoas e isso gera um faturamento de 16 bilhões de reais por ano.
O Center Norte foi inaugurado em 1984 e teve o mérito de ter invadido uma região da cidade completamente desprovida de bons serviços. Esse ineditismo e mais a grandiosidade do projeto, com 3300 lojas e 7 mil vagas na garagem, garantiram um estrondoso sucesso.
É o shopping de maior volume de vendas por m2 entre todos empreendimentos da cidade e acumula algumas medalhas pitorescas, como por exemplo, ser a unidade do McDonalds que mais vende sorvetes em todo mundo.
O que vai acontecer se o Center Norte fechar? Para onde vai esse consumidor? Vai haver perdas significativas de mercado?
A resposta depende de uma variável: quanto tempo ele ficará fechado. Imaginando que toda essa crise se resolva em poucas semanas, dificilmente o Shopping terá perdas de mercado no médio e longo prazo, pois a região continua desprovida de boas alternativas. A liderança do Center Norte ainda é massacrante na sua área primária.
O maior problema são as perdas de curto prazo. E quem mais vai sofrer são os lojistas (que terão suas despesas mantidas) e uma boa parte dos vendedores (que ganham por comissionamento). Como sempre, vai sofrer mais o elo fraco da corrente.
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