O Custo Brasil é um termo genérico, usado para descrever o conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem o investimento no país, dificultando o desenvolvimento nacional, aumentando o desemprego, o trabalho informal, a sonegação de impostos e a evasão de divisas. Por isso, é apontado como um conjunto de fatores que comprometem a competitividade e a eficiência da indústria nacional.
A Abimaq (Associação Br. da Industria de Máquinas e Equipamentos) divulgou recentemente um estudo inédito que mensurou o Custo Brasil para produtos agrícolas. Oito itens foram considerados e ficou constatado que o C.B. encarece em média 36,27% o preço do produto brasileiro em relação aos fabricados na Alemanha e nos Estados Unidos. Mas o mais interessante é saber que este índice, reconhecidamente elevado e alvo de muitas queixas e críticas, não era calculado com exatidão até então, pois a situação cambial era suprimida.
Segundo artigo

Ou seja, não há problemas de mão de obra barata ou falta de leis trabalhistas. Se comparássemos o Brasil à China, o custo dobraria, mesmo sem levar em conta a crescente desvalorização do yuan.
Os ítens de maior peso são, em ordem decrescente, os insumos básicos (18,57% para a indústria em geral e 24,01% para o setor de máquinas); os juros sobre capital de giro (média de 7,95% na indústria como um todo e 9,41% no setor de máquinas). Com estes altos índices somados a um câmbio sobrevalorizado, as possibilidades de uma possível desindustrialização são muitas. Viraremos, assim, meros importadores de produtos chineses.
Devemos tomar muito cuidado com as propostas paliativas de incentivo que o governo tem divulgado (pacotes de empréstimos a fim de se “estimular” a exportação, por exemplo). Este sim é o verdadeiro custo e risco para o Brasil.
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