Há muitos pontos de vista diferentes para esse fenômeno ser avaliado. Aqui me interessa explorar a questão da magia que o inventor do branding globalizado conseguiu para sua marca e sua empresa. Magia de tal força que um simples lançamento de um novo produto da linha, paralize parte do globo terrestre para ouvi-lo, noticiá-lo gratuitamente e posteriormente virar alvo de debates.

Aqui vai minha sequência de tuítes sobre o tema:
A Apple sempre foi o case mais sensacional de Branding do mundo. E pelo jeito continuará sendo.
O lançamento do iPad é nova prova. Meio mundo esperando a notícia do novo produto. Está na Home da maioria do grandes sites globais.
RT @guivinicius Graças a magia hipnótica de Steve Jobs.\\ Essa é a base. A centelha do DNA que vira BRANDING.
A partir da magia hipnótica do Steve Jobs, precisa ter um puta projeto sensacional de BRANDING que faz isso virar produto, design, estilo, comunicacão, etc
RT @juracraveiro Site da Apple, 1o vídeo do iPad http://ow.ly/115vb \\ TBWA\ChiatDayLA é brilhante. Tive o prazer d estar lá e ver de perto.
RT @Neto escuta o que eu to dizendo. é uma nova categoria de produto. mesmo. matou o kindle. \\ impacto parece da dimensão do iPod e iPhone
RT @lsvd80 o iPad é tudo q imaginávamos e ainda assim, maravilhoso. Não vejo a hora de colocar as mãos no meu.\\ A mística do BRANDING
Meu MacBook Air olha pra mim, triste. Desfalecido. Ele não tem mais razão de ser na minha vida.
Como vocês viram em um dos tuítes, estou entre aqueles que acredita que, de novo, a Apple reinventou a roda. E mantenho esse ponto de vista, mesmo depois de ter me informado de algumas deficiências tecnológicas e ausências de features importantes. Acredito que o iPad será o verdadeiro computador de mão. Menor que um note, maior que um iPhone. Uma agenda de mão. Tão rica, colorida e indispensável como as agendas das mulheres.
A foto do Steve Jobs e com iPad (sempre entre suas mãos) estava na Home dos sites dos jornais Estadão, Folha, O Globo, Zero Hora, Correio Braziliense e Estado de Minas. Na metade deles, foram capa do impresso. Jornais provincianos? Não. Saiu também na capa e/ ou home do NYTimes, Washington Post, Miami Herald, Le Monde, El País, Financial Times. Se isso fosse mídia comercial, seria uma verba astronômica. Tendo aval jornalístico, não tem preço!!! A cada novo produto, há uma retroalimentação na imagem e no reconhecimento da Apple. Para as marcas concorrentes ... é uma covardia.
Mas não para aí, mais de 30 horas depois do lançamento, os debates continuam. A cada momento um site ou um blog está postando alguma análise, opinião ou crítica ao iPad. Como estou fazendo agora.

Mesmo no twitter, um campo de debates magnético, onde as coisas têm uma vida muito perecível, enquanto escrevo este post (23h), em apenas 5 minutos foram postados 1499 tuítes ao redor do mundo contendo a hash tag #iPad. É uma força e uma presença avassaladora.
Não tenho dúvida alguma de diagnosticar que o que cria e reproduz essa energia é um claríssimo pensamento de branding que a Apple desenvolveu. É a empresa toda trabalhando numa mesma direção, com um único foco estratégico e segurando, com dedicação, uma bandeira com uma marca. Marca que nada mais é que a expressão gráfica de uma puta idéia, que cria uma relação de amor e fidelidade com um consumido satisfeito.
Simples assim.