A questão da escolha do novo Papa já foi
abordada pelos mais variados aspectos.
Vamos tratar do assunto sobre uma ótica
diferenciada: a visão do mundo dos negócios (Espero que os católicos mais
fervorosos não fiquem bravos comigo).
O Catolicismo é a religião que tem o meu
respeito - e que é uma questão de fórum intimo. O Vaticano é um Estado. Rico.
Um dos maiores proprietários de terrenos em cidades do mundo inteiro. E é sobre
ele que vamos falar.
Como qualquer país, o Vaticano deve ser
comandado como um business - e o fato
é que esse negócio vem dando repetidos sinais de estar em crise. Tanto o número
de seguidores, como a captação financeira que a Igreja obtém com esses
seguidores, vêm caindo nos últimos anos.
Numa linguagem puramente comercial, a Igreja é
um produto que precisa de um reposicionamento
(ou rebranding), que a faça recuperar
o prestígio e a receita, que vem minguando nos cofres do Vaticano.
Esse é mais um contexto em que está inserida a
escolha do novo Papa, o argentino Jorge Mario (Papa Francisco). A escolha do 1o
Papa da América já foi um bom começo - a surpresa, em si, já é uma forma de se
destacar. Também, a escolha de um cardeal oriundo dos jesuítas é inovadora e sintonizada
com os novos tempos, no qual a riqueza ostentada em reluzentes objetos dourados
perdem força e valor, passando a ganhar as referências que apelam diretamente
aos fatores humanitários e ecológicos. E, para finalizar, um golaço de branding:
A escolha do nome: Francisco. Verdadeiramente, uma Marca.
Encerro aqui com uma frase do artigo de Nizan Guanaes, na
Folha de São Paulo de ontem: “Francisco
quer dizer coma moderadamente num mundo obeso. Francisco quer dizer beba com
alegria num mundo que enfia a cara no poste. Francisco quer dizer consumo
responsável em sociedades de governos e consumidores endividados. Francisco
quer dizer o uso responsável do irmão ar, do irmão mar, do irmão vento e de
todas as riquezas debaixo do irmão Sol e da irmã Lua”
Enfim uma estratégia de grande eficácia, e que prova
a força que pode ter no mundo de hoje uma única palavra - desde que ela seja
bússola de todas as decisões que sejam tomadas a partir daí.
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