Os ‘advogados’ brasileiros
Apesar de o branding ainda não ser tão desenvolvido no
Brasil quanto a publicidade (não, eles não
são a mesma coisa), os brasileiros já são os que mais consideram a reputação de
uma marca como elemento decisivo na hora da compra.
Uma pesquisa realizada pela agência DraftFCB analisou a
relação de consumidores de cinco países (Estados Unidos, Alemanha, China, Índia
e Brasil) com as marcas e, segundo o estudo, os brasileiros são os mais
propensos a se tornarem ‘advogados’ de um produto ou serviço nas redes sociais.
Viu-se que, além de estarem mais abertos a buscar e receber
informações na internet, também estão mais predispostos a passá-las adiante - às
vezes até com uma recomendação. Porém, na mesma proporção, na hora de
reclamar, criticar, e protestar não há dúvida de que colocamos a boca no
trombone - ou, no caso dos plugados, compartilhamos no Facebook, Twitter ou
YouTube.
A pesquisa constatou, ainda, que o traço de defender e
divulgar marcas queridas é mais comum nas nações em desenvolvimento. Para elas,
o conhecimento e a informação são vistos como pontos positivos sobre seu
intelecto. Falar sobre tal empresa ou tal lançamento, é cool: mostra que
você está ligado nas novidades, e tem o poder, como de um expert, para
recomendar esse ou aquele produto.
consumidor que não foi bem atendido
pela Brastemp e postou um vídeo no YouTube reclamando. Em pouco tempo, teve
milhares de views e sua mensagem foi compartilhada por diversas redes sociais.
Alerta Geral
E o que todas essas
informações querem dizer na prática? No mínimo, um alerta geral para as
empresas. Aquelas que ainda vêm insistindo no binômio produto-preço em sua
comunicação de varejo têm que migrar para um trinômio produto-preço-marca urgente. Traduzindo, branding,
minha gente.
Segundo uma outra pesquisa,
divulgada pela GS&MD, sobre a relação da classe C brasileira com as marcas,
a comparação já faz parte da rotina de
66% dos consumidores e, para 61% deles, a marca é o segundo principal atributo
comparado - atrás somente do preço.
A imagem das marcas, mais do
que nunca, é essencial para endossar a qualidade dos produtos que oferecem.
Como o acesso ao consumo não é mais novidade para a classe emergente, vínculos
emocionais entre marcas e clientes passam a ter uma força maior na hora do
desembolso.
O futuro está aqui
Agora resta às marcas se
darem conta da força que seus consumidores têm na propagação da sua mensagem, e
usarem isso a seu favor. Entregar um bom serviço e dar a devida atenção são
essenciais para criar laços duradouros com seus clientes.
Principalmente porque, apesar
de toda tecnologia - dos tablets, dos
smartphones, e todas esses outros gadgets - a principal mídia a favor da sua marca
continua sendo o bom e velho boca-a-boca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário