Segundo o OESP, 87% foi o avanço de vendas registrado só em fevereiro, na comparação com o igual mês de 2009.
A imprensa tem noticiado um enorme crescimento do mercado imobiliário nos últimos tempos. O ano de 2010 já criou um expectativa de recorde no setor e espera-se que 38 mil imóveis sejam vendidos só na cidade de São Paulo, a maior marca em 30 anos, segundo o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais e Residenciais de São Paulo (Secovi SP).
Como a demanda tem superado a oferta, os preços, obviamente, subiram muito neste último ano. O metro quadrado paulistano já está 25% mais caro em comparação com o primeiro trimestre de 2009. E isto é somente uma prévia, já que São Paulo é o termômentro do mercado imobiliário do País.
Desde a estabilização da moeda, com o Real, e, agora, impulsionados pelo crescimento da renda e do emprego pós crise, os brasileiros estão podendo realizar o famoso sonho da casa própria. Com ele, milhares de empregos têm sido criados, como tenho defendido há muitos anos, em meus artigos, posts, conversas e twitts. Somente em fevereiro deste ano, já havia mais de 1 milhão de trabalhadores em atividade, um aumento de 13%, em relação ao mesmo período em 2008. E, para atender ao “boom” de demanda neste início de ano, as construtoras e incorporadoras aceleraram nas construções e já lançaram 14.219 unidades, só no primeiro trimestre.
Mais da metade destes lançamentos são de apartamentos de 2 dormitórios. Isto significa que o “boom” brasileiro é bem diferente do acontecido nos EUA, há cerca de três anos atrás. O nosso é um “boom” da base da pirâmide econômica. Um estouro de consumo das classes mais populares. O brasileiro está usando de sua estabilidade econômica para comprar o seu primeiro imóvel. Não se trata de uma bolha especulativa como a subprime americana.
Temos de considerar que sonho da casa própria, muito difundido no Brasil, tem mais força nas classes C e D (Segundo pesquisa do Data Popular 54% da população tem este como sua maior aspiração). Mesmo tendo apenas 17,6% dos brasileiros pagando aluguel. Isso ocorre por conta do grande número de futuras famílias que hoje moram com os pais; e por conta de jovens casais que moram na casa do sogro, nas classes C, D e E. Para se ter idéia, todo o ano, surgem no Brasil 1,2 milhões de novas famílias. 80% nestas classes.
Outra questão importante é que o jovem de alta renda compra o primeiro imóvel, o de baixa renda compra o que provavelmente será o único imóvel de sua vida. Mais um motivo para sabermos que não há especulação nenhuma nisto. E sim, um grande patamar econômico alcançado. Se não tivermos mais de retroceder para os fenômedos de desvalorização da economia, como o fantasma da inflação, teremos tudo para que o Brasil seja realmente o país do futuro e que este esteja próximo do amanhã.
Saiba mais sobre as questões do mercado imobiliário no Programa Marketear por Luis Grottera desta semana.
Luis,
ResponderExcluirExcelente teu comentário sobre o assunto! E obrigado pelos dados levantados.
Fica a questão: qual o melhor momento para comprar um imóvel? Será que os preços subirão (ainda) mais?
Valeu e um abraço,