A vida inspira o mundo dos negócios a criar ações e estratégias que impactam cada vez mais o cotidiano das pessoas e o futuro das marcas. Isso exige reflexão e debate.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Falta de novas postagens tem razão: Santiago
sábado, 14 de novembro de 2009
Conceitos. A correção de uma injustiça.
Só assim se explica que existam milhares de ensaios, documentários, artigos, filmes, livros, sobre o poder das idéias e nenhum único sobre o poder dos conceitos.
Aliás, a diferença entre idéias e conceitos é algo que a maioria das pessoas tem dificuldade em distinguir. O arado é uma excelente idéia, mas não teria prosperado sem o conceito de agricultura, assim como as idéias de semear cereais e domesticar animais. O tribunal é uma idéia genial, mas seria inútil sem o conceito de justiça. O voto e o parlamento são idéias brilhantes, mas não se teriam propagado sem o conceito de democracia.
Os conceitos têm o azar de viver no mundo da abstração. As idéias têm a sorte de fazerem a ponte entre o mundo abstrato e o mundo concreto. Vão buscar a inspiração aos conceitos, descem à terra, chamam a atenção e ficam com os louros. Toda a gente fala da invenção da roda e da descoberta da pólvora, como exemplos do gênio humano, mas são poucos os que se referem à “invenção do progresso”, ou à “descoberta do zero”.
E é fácil perceber por quê: a roda vê-se, a pólvora vê-se, o zero é invisível e o progresso idem. Mesmo que a vantagem competitiva da nossa espécie tenha sido um cérebro topo de gama, ainda continuamos a dar preferência a tudo que nos chega através dos sentidos. Se não vemos, não cheiramos, não tocamos, não ouvimos, não saboreamos, desconfiamos.
As idéias são fundamentais, mas são filhas únicas. Os conceitos, pelo contrário, são maternidades de idéias.
Branding é conceito. Comunicação é idéia. Ambas são importantes. Mas cada uma no seu devido lugar. Branding pensa, Comunicação age. Voltarei ao tema.
PS.: queria registrar aqui meu respeito e meu carinho profissional a todo time da Brandia Central que conheci em Lisboa e, em especial, a seus dirigentes Rui Trigo e Miguel Santos.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Redes sociais? Mídias sociais? Redes globais?
Ainda não dá pra saber o tamanho que terão e quanto movimentarão de dinheiro. Mas o fato é que as mídias baseadas em redes sociais têm crescido em número de usuários ativos e agora apresentam tendências de tribalização (como venho defendendo há anos que a internet levaria a isso).
Outra afirmação que tenho segurança em fazer é que será criado um modelo específico de comercialização deste tipo de mídia. Assim como um dia foi com o Google, com os links patrocinados.
Essa multipersonalizacão dos formatos específicos de mídia é mais uma das coisas que colocará em cheque o futuro da propaganda, pelo menos da maneira como é praticada hoje em dia. A melhor performance obtida com o bom uso da técnica da propaganda é com a repetição da mensagem. Quanto mais única, melhor.
Esse mundo multipersonalizado tem mais a ver com o Branding, que vê o mundo de forma mais holística e mais individualizada.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
O design é a alma do negócio
Dia 7 é o dia do design e também o encerramento do Brazil Design Week, evento da ABEDESIGN que, na sua 2a edição, já vai se firmando como um marco de sucesso no setor.
Presente no evento, Fernanda Grottera trouxe um depoimento que me estimulou a dividir com os leitores do blog.
"O Brasil está escrevendo sua nova história na era do design. Designers de produto, de moda, gráfico, interiores, web... vêem o mundo de um ângulo diferente, eles são responsáveis pela DESIGNação, dar sentido as coisas, dar formato a tecnologia.
Infelizmente no Brasil o design ainda aparece como luxo no planejamento da maioria das empresa. São raras as que evoluíram para o DESIGN THINKING - aquelas que consideram a aplicação do design estratégico e que levam o conceito da inovação da estratégia como filosofia.
Comprovadamente empresas que são DESIGN THINKING, estão crescendo mais que o mercado, segundo pesquisa da ADP- Associação dos Designers de Produto. Se sobressaem com inteligência no mercado, tornam-se líderes de categoria, com maior participação no mercado. Também aumentam sua lucratividade, pois adotam políticas de redução de custo aumentando a satisfação do consumidor. Por fim, torna-se ícone de modernidade, pelo espírito e pela visão de sustentabilidade que o design sempre procura.
Acredito no design, acredito no Brasil. E quando esses dois lados casarem, teremos o ‘design made in Brazil’ estrelando no mundo inteiro, com o mesmo brilho e competência que nosso ‘primos’ publicitários já alcançaram pelo mundo afora... É esse talento criativo maravilhoso que corre no sangue do brasileiro."
Há algum tempo tenho plena consciência que o DESIGN será o instrumento mais relevante no relacionamento das marcas com seus consumidores. Minha aproximação profissional com o case da Apple na TBWA\ foi definitiva. E esse é o mais importante motivo que me faz crer em Branding e não mais em Publicidade.
Fernanda é designer - graduou-se em design na FIT NY e faz pós no IED Instituto Europeo de Design. Hoje é consultora-sênior da LGHelp na área de DESIGN. É minha filha, também. O que pra mim é muito mais importante que tudo está escrito antes dessa informação.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
“Você vai querer comprar um e-reader”
Quem afirmou isso, com todas as letras, foi o LINK dessa semana.
O caderno de informática do Estadão é realmente um craque no segmento. É bom dar ouvido ao que eles dizem, mesmo que você ainda não saiba o que é um Kindle.
Sobre o produto em si, acho que a mídia de uma forma geral exagera no debate sobre se isso significa o fim do papel ou não na mídia impressa. Acho que essa discussão é mais acadêmica (pra não dizer que é auto-centrada) e deixa escapar aspectos relevantes.
A resposta sobre o consumidor substituir o livro, jornal ou revista em papel para um leitor digital tem uma resposta fácil: como em outros exemplos paralelos, teremos no mínimo mais uma década de convivência. E daí pra frente ... bom, quem sabe?
O problema de focar nessa questão está em deixar de avaliar o que os e-readers oferecem de serviços ao leitor. Serviços que podem parecer insignificantes nos momentos em que estamos lendo nosso livro de cabeceira, mas que serão inigualáveis em outras leituras, tais como: alunos em estudo, leituras acadêmicas para uso profissional, para uso das matérias da mídia comoatividade comercial, entre tantas outras.
De que serviços estou falando? No produto atual tem teclado para digitar anotações, gravar matérias, imagens ou textos em word ou pdf. Lembre-se que você está diante daquele primeiro tijolão da Motorola. Nem torpedo ele mandava. Essa insignificância que é um SMS virou um facilitador importante na minha vida. Em poucos anos, teremos uma quantidade enorme de novos features.
Inquestionável: os e-reader vão fazer parte da nossa vida. Não precisaremos de 3 anos. Vai ser um hit em vendas. O comércio vai amar mais esse gadget. A população antenada do mundo ficará apaixonada por ele e pelo design que o definirá. Serão milhões em hardwares, softwares e acessórios.
Quem produz conteúdo dessas mídias vai ter a disposição da sua criação mecanismos de distribuição que os levará a leitores nunca antes imaginados. O faturamento de médio prazo será maior. É verdade que a pirataria vai aumentar, mas esse é o lado menor da moeda.
Eu assino com o Link: sim, você vai querer comprar seu e-reader. Vai querer muito. E se for esperto, vai aguardar um pouco. Já já a Apple vai chegar com mais um produto campeão pra liderar o mercado.