sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O design é a alma do negócio

Dia 7 é o dia do design e também o encerramento do Brazil Design Week, evento da ABEDESIGN que, na sua 2a edição, já vai se firmando como um marco de sucesso no setor.

Presente no evento, Fernanda Grottera trouxe um depoimento que me estimulou a dividir com os leitores do blog.

"O Brasil está escrevendo sua nova história na era do design. Designers de produto, de moda, gráfico, interiores, web... vêem o mundo de um ângulo diferente, eles são responsáveis pela DESIGNação, dar sentido as coisas, dar formato a tecnologia.

Infelizmente no Brasil o design ainda aparece como luxo no planejamento da maioria das empresa. São raras as que evoluíram para o DESIGN THINKING - aquelas que consideram a aplicação do design estratégico e que levam o conceito da inovação da estratégia como filosofia.

Comprovadamente empresas que são DESIGN THINKING, estão crescendo mais que o mercado, segundo pesquisa da ADP- Associação dos Designers de Produto. Se sobressaem com inteligência no mercado, tornam-se líderes de categoria, com maior participação no mercado. Também aumentam sua lucratividade, pois adotam políticas de redução de custo aumentando a satisfação do consumidor. Por fim, torna-se ícone de modernidade, pelo espírito e pela visão de sustentabilidade que o design sempre procura.

Acredito no design, acredito no Brasil. E quando esses dois lados casarem, teremos o ‘design made in Brazil’ estrelando no mundo inteiro, com o mesmo brilho e competência que nosso ‘primos’ publicitários já alcançaram pelo mundo afora... É esse talento criativo maravilhoso que corre no sangue do brasileiro."

Há algum tempo tenho plena consciência que o DESIGN será o instrumento mais relevante no relacionamento das marcas com seus consumidores. Minha aproximação profissional com o case da Apple na TBWA\ foi definitiva. E esse é o mais importante motivo que me faz crer em Branding e não mais em Publicidade.

Fernanda é designer - graduou-se em design na FIT NY e faz pós no IED Instituto Europeo de Design. Hoje é consultora-sênior da LGHelp na área de DESIGN. É minha filha, também. O que pra mim é muito mais importante que tudo está escrito antes dessa informação.

7 comentários:

  1. Faltou dizer que "por enquanto" foi seu melhor design! haha Brincadeiras a parte enquanto as marcas não pensarem o design como componente na origem do pensamento da marca e não no "acabamento" não sairão do mesmo ponto. Abs

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  2. Acho que quanto mais caprichado é o design de uma marca, o msm capricho se espera encontrar no produto. Por isto produtos de boa qualidade devem ter sim uma estética de marketing que corresponda à tal qualidade.
    Mas se o produto não for lá tão bom, um design maravilhoso pode gerar desapontamento na hora do consumo pois a "embalagem" prometia mais que o conteúdo em sí.
    Promessas devem ser cumpridas, ou a marca pode acabar dando um tiro no próprio pé.
    Parabéns pelo blog!
    Abraços

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  3. Pois é, design deve ter seu papel no ponto de partida da concepção de um projeto e não apenas arte finalização...

    Bjbjs,
    Fe

    ps. Thanks pela homenagem... estar aqui é uma honra!

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  4. Concordo com voce Fernanda. Alem disso o Brasil hoje tem um " consumer" mais sofisticado, viajado e com uma vizao mais global. Com isso ele requer e exigi mais do seu produto e design e' uma parte muito grande e algo que como designers nao podemos ignorar.
    Natasha Adams

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  5. oi fe,

    muito bom seu texto.
    tks por compartilhar o que viu no evento.

    tô com vocês: DESIGN é ESSÊNCIA,
    e por isso cada vez + essencial :0)

    bjss,

    irina

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  6. Fernanda, parabéns pelo texto. Inteligência, em parte, parece ser genética. Mas concordo com um dos comentários anteriores que diz mais ou menos o seguinte: design é uma ferramenta que serve para deixar melhor o que já é bom. Uma coisa é o design da Apple, outra coisa é o (bom? razoável?) design da CCE Eletrônicos - quem lembra?

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  7. Olá a todos.
    Pois é, definitivamente os designers tem muito a fazer pelas empresas, mas também acho que falta muito da parte deles (de nós, afinal também sou designer) quando se trata de negócio, de pensar longe dos layouts, de imaginar aplicações, melhorias e até em cidadania.
    Torço pra isso mudar e que os designers possam tem papeis interessantes em projetos estilo ONGs ou OSCIPs, assim como fazem os publicitários...
    Ótimo post,
    Abraço
    Rogerio Fratin

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