Na semana passada, o Estadão divulgou uma matéria interessante sobre os reis da capital. Não, nada de herdeiros da família real,
ou jogadores de futebol. É que, em São Paulo, o varejo tem cerca de 14 mil
empresas registradas com o nome ‘Rei’. ‘Rei do Martelinho’, ‘Rei do Mate’,
‘Pastel do Rei’.. E por aí vai a falta de criatividade dos
brasileiros.
No começo, o termo era usado para diferenciar e
ressaltar as marcas entre os concorrentes, e indicar uma especialidade: O Rei
do Mate, por exemplo, optou pelo nome, porque, segundo o dono do negócio,
‘queria ser o melhor no assunto’.
Uma marca de sucesso deve ter um nome fácil para o
consumidor identificar e interagir com ela. Para ser perfeito, é bom que
expresse também uma promessa ou um diferencial.
Pode ser que no passado o título real no nome de
uma loja poderia fazer pensar que se tratava de uma opção nobre. Mas hoje, com
14 mil ‘especialistas’ usando a mesma idéia, ficou difícil de acreditar.
Geralmente as marcas que tem a realeza no nome, tem
é o Rei na barriga. Os metidos a altezas de alguma coisa expressam, sim, uma
promessa, mas com isso aumentam a exigência para que cumpram o prometido.
Prometer e não cumprir é um suicídio de branding.
Então, ao invés de tentar vender algo como sendo
Rei de qualquer coisa, talvez seja mais valioso tentar experimentar estabelecer
uma relação mais real com seus clientes, tendo como princípio a verdade na
relação com o consumidor.
Dessa forma, você não vai correr o risco de
prometer além daquilo que é viável.
Afinal, rei morto, rei posto.
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